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Sai de Baixo

http://www.cinedica.com.br/capas/9559.jpg
Informação geral
Formato Sitcom
Género Comédia
Classificação etária Permitido para todas as idades i DJCTQ (Brasil) (Classificação original da Globo)
Inadequado para menores de 12 anos i DJCTQ (Brasil) (Canal Viva e DVDs)
Duração 60 minutos
Criador Luiz Gustavo
Daniel Filho
País de origem Brasil
Idioma original Português
Produção
Diretor(es) Daniel Filho (1996-1997 e três primeiros de 2000)
Denis Carvalho (1996-2001 e 2001-2002)
José Wilker (1996-2000 e 2000-2002)
Jorge Fernando (2000-2001)
Cininha de Paula (2001-2002)
Produtor(es) Eduardo Figueira
Elenco original Aracy Balabanian
Ary Fontoura
Claudia Jimenez
Claudia Rodrigues
Ilana Kaplan
Lucas Hornos
Luiz Carlos Tourinho
Luiz Gustavo
Marcia Cabrita
Marisa Orth
Miguel Falabella
Tom Cavalcante
Exibição
Emissora de
televisão original
Brasil Rede Globo
Emissora(s) de
televisão lusófona(s)
Mostrar lista
Formato de exibição 480i (SD)
Transmissão original 31 de março de 1996 - 31 de março de 2002
№ de temporadas 7
№ de episódios 241 (lista de episódios)
Cronologia
Último
Último



Sob Nova Direção (2003)
Próximo
Próximo
Programas relacionados Toma Lá, Dá Cá (2007)
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Projeto Televisão

Sai de Baixo foi uma sitcom brasileira criada por Luis Gustavo e Daniel Filho, exibida nas noites de domingo pela Rede Globo entre 31 de março de 1996 e 31 de março de 2002.

Com episódios escritos por Miguel Falabella, Maria Carmem Barbosa e Euclydes Marinho, entre outros roteiristas, o programa foi um sucesso de crítica e audiência mas, apesar de conquistar um público fiel, foi cancelado em 2001 pela Globo, que decidiu investir no então crescente mercado de reality shows.


Formato
http://www.tvtelinha.com/wp-content/uploads/2011/01/sai_de_baixo_elenco.jpg

Sai de Baixo fez muito sucesso em seu início por se diferenciar dos demais humorísticos em exibição no Brasil.[4] O formato do programa era diferente também das sitcoms norte-americanas, no sentido de que era bastante informal; por ser gravado em um teatro de São Paulo, o Procópio Ferreira, estimulava assim a interação com o público. Os atores frequentemente interagiam com a platéia, esqueciam as falas ou riam de situações que estavam interpretando. Cada episódio era gravado duas vezes, e na edição do humorístico eram misturadas as melhores imagens de cada gravação. Muitos dos erros eram editados e não apareciam no final, mas se fosse uma situação que desse graça à história, poderia ir ao ar daquela forma.[5]

Luis Gustavo (Vavá) encarnava um chefe de família desastrado, Miguel Falabella (Caco Antibes) um genro vagabundo, Marisa Orth (Magda) o estereótipo da mulher fútil e mal-casada, Aracy Balabanian (Cassandra), mãe de Magda, uma ex-grã-fina que não deixou pra trás seu antigo estilo de vida, Claudia Jimenez (Edileuza) a empregada doméstica folgada e desbocada e Tom Cavalcante (Ribamar) porteiro do prédio que se aproveita de seu chefe, o síndico Vavá.[4]

O palco era a sala de estar de um apartamento, no qual havia um sofá, uma mesa próxima à cozinha, uma vista da região central de São Paulo, e portas que davam para fora ou para os quartos. Da sala de estar, os personagens poderiam sair por portas e passagens, supostamente para o corredor do prédio, o banheiro, a cozinha, o quarto de Cassandra, e um hall para os outros quartos (o de Vavá e o de Caco e Magda), sendo que esses lugares nunca eram mostrados. Em 1997, a cozinha começou a aparecer no cenário, porém no ano seguinte deixou de ser mostrada. Em 2000, oito episódios foram filmados num café ficcional, mas a mudança não foi bem aceita pela audiência, sete episódios foram ao ar (apenas um ficou engavetado) e, logo depois, o cenário voltou a ser o apartamento.

No final de cada episódio as cortinas do palco desciam, como numa peça de teatro. Elas então subiam de novo, quando o elenco poderia ser ovacionado pela platéia.

Apenas um episódio foi apresentado ao vivo, Toma que o Filme é Teu, em 1998. Como não havia maneira de editar erros, os atores tentaram improvisar ao mínimo, evitando também usar palavras chulas. Foi tratado como um evento de gala pela emissora, que convidou uma audiência VIP para o show.

Em 2001, a Rede Globo decidiu encerrar a produção de Sai de Baixo, por considerar sua fórmula repetitiva e desgastada. Para tristeza de parte do elenco, em especial seu idealizador, Luis Gustavo, o último episódio do humorístico foi gravado em 18 de dezembro de 2001 e exibido em março do ano seguinte.[1]

Histórico

A comédia se passa em um edifício da zona central da cidade de São Paulo

O programa foi idealizado no começo da década de 1990 por Luis Gustavo e Daniel Filho, que tinha a idéia de fazer um humorístico gravado em um teatro com platéia, em formato parecido com o de Família Trapo. Com o nome inicial de Amigos, Amigos, o roteiro foi oferecido ao SBT, que rejeitou o programa. Foi posteriormente aceito pela Rede Globo, que lhe deu a difícil tarefa de ganhar do Topa Tudo por Dinheiro, programa comandado por Sílvio Santos, no SBT exibido no mesmo horário que viria a ser ocupado pelo Sai de Baixo - nos domingos às 22:00 da noite, após o Fantástico.[4]

Na sua estréia, o programa conseguiu chegar a 26 pontos de audiência, empatando com o SBT.[4][6] A audiência só fez crescer com o decorrer da temporada, que retomou o primeiro lugar para a Rede Globo.

No segundo ano, com a saída de Cláudia Jimenez e a estréia fracassada da atriz Ilana Kaplan, que saiu após apenas quatro semanas, o programa perdeu um pouco seu público, mas continuava bem. A volta ao auge aconteceria na estréia da terceira temporada, com o episódio Toma que o Filme é Teu, transmitido ao vivo. Neste dia, a Rede Globo cravou uma média de 40 pontos na medição do Ibope, com picos de 45.[7] Posteriormente foi revelado que Gimenez deixou o programa devido a brigas com dois diretores e roteiristas do programa, que frequentemente encaixavam nos textos piadas sobre seu peso.[8]

Outros conflitos ajudaram a desfalcar ainda mais o elenco; após desentendimentos com o restante do elenco e seu diretor Denis Carvalho, em maio de 1999 Tom Cavalcante pediu a Marluce Dias da Silva, então diretora-geral da Globo, uma licença de um mês do Sai de Baixo para se dedicar à produção do piloto de um programa que seria estrelado por ele. Marluce aceitou, mas antes da data prevista, ao final de uma gravação da quarta temporada de Sai de Baixo, Tom surpreendeu a platéia e os colegas fazendo um discurso de despedida. Como consequência ele foi suspenso do elenco, e mais tarde afastado definitivamente do humorístico.[9]

A saída de Tom a princípio não afetou a audiência do Sai de Baixo, mas em 2000 foi noticiado que, devido a sucessivas derrotas no Ibope para o SBT, a quinta temporada seria a última do programa. Nesse ano, estreou na grade global o reality show No Limite, que começou a ser exibido antes do Sai de Baixo. O programa foi conquistando médias razoáveis, com picos de até 50 pontos de audiência. Isso ajudou o Sai de Baixo a recuperar sua própria, que aumentou de 20, no início do ano, a 29, com a ajuda de No Limite. Quando o reality terminou, a média caiu para 24 pontos, o suficiente para evitar o cancelamento da série.[10]

Em 1999, mais um personagem entrou em cena: Caquinho, o filho de Caco e Magda, interpretado pelo garoto Lucas Hornos.[11] Na temporada do ano 2000, entraram para o elenco Ary Fontoura e Luís Carlos Tourinho, quando a família decide abrir um restaurante, o Arouche's Place. O cenário então deixou de ser o apartamento de Vavá e transformou-se no bar. Mas a nova ambientação não foi muito bem aceita, e o apartamento retornou. Ary Fontoura deixou o elenco do programa em 2001. Sobre a mudança de cenário do programa, Daniel Filho comentou: "Também disseram que Sai de Baixo não daria certo, nem tecnicamente, nem junto ao público, e que nada mais era do que uma chanchada boba. Foi um sucesso imediato. No quinto ano do programa, com elenco desfalcado, resolvemos mudar o cenário e o ambiente. Achávamos que renovaria, daria o fôlego necessário. Fizemos as primeiras gravações. Nas duas, o questionário respondeu positivamente. Mais de 80% achavam o programa melhor. Mas, quando foi ao ar, foi rejeitado. Ao vivo era uma coisa, em casa, outra".[12]

Na sexta temporada, Sai de Baixo voltou a sofrer com a queda de audiência e as mudanças frequentes de horário. Com isso, o programa foi retirado do ar para dar lugar à nova temporada de No Limite.[13] A sétima temporada estreou no dia de Natal, às 0h30, competindo com o fenômeno Casa dos Artistas, com média de apenas 12 pontos, que aumentou à medida que a temporada passava.

O programa terminou com 244 episódios, mas alguns não foram ao ar e ficaram engavetados, como os do Arouche's Place; devido ao fracasso do formato, os personagens voltaram para o apartamento e episódios já gravados não foram apresentados. O fim do programa gerou um protesto organizado por alguns fãs, que fizeram abaixo-assinados e até um site na Internet, mas o último episódio acabou sendo exibido em 31 de março de 2002, depois da semifinal do Big Brother Brasil 1, exatamente seis anos depois de seu início, com média de 19 pontos, contra apenas 5 do SBT.

Enredo

Jardins, lugar onde Caco Antibes e Magda moravam

Caco Antibes e a esposa Magda viviam numa mansão nos Jardins, gozando de todo o luxo de uma vida rica. Cassandra, mãe de Magda, foi morar com eles depois da morte de seu marido, o Brigadeiro Salão. Até que um dia, a Receita Federal fez uma auditoria nas contas pessoais de Caco, descobrindo inúmeras maracutaias e falcatruas. Com isso, Caco foi despejado da mansão junto com a esposa e a sogra, tendo todos os seus bens confiscados. Resumindo: ficou na mais completa miséria. Por isso, os três se viram sem opção a não ser procurar moradia no apartamento do irmão de Cassandra, Vanderlei Mathias, mais conhecido como Vavá, no Largo do Arouche. Mas Vavá não gosta da idéia, uma vez que considera sua família desabrigada um "bando de loucos irresponsáveis". No entanto, obrigado moralmente a recebê-los, Vavá, sua empregada e fiel escudeira Edileuza e o namorado desta, o porteiro Ribamar, fazem de tudo para tornar a vida de seus hóspedes indesejáveis um inferno.

No entanto, quem passa a viver um inferno é Vavá, pois sua família não tem o menor problema em se recusar a ajudar nas despesas da casa procurando emprego. Ao contrário, para evitar o trabalho, o malandro Caco sempre surge com idéias mirabolantes de ganhar dinheiro fácil, seja de que maneira for, enquanto vive às turras com a sogra Cassandra e aturando as burrices da esposa Magda.

Personagens

  • Cassandra (Aracy Balabanian) — A irmã mais velha de Vavá. Mãe de Magda e sogra de Caco Antibes, foi ela quem apresentou a filha ao Caco, pois esperava justamente que os dois se casassem para que ela pudesse mais tarde aproveitar o dinheiro que o genro tinha na época. Ao ter que ir morar no apartamento de Vavá, ela passou a dar ordens aos criados e implicar com os mesmos.
  • Vavá (Luis Gustavo) — Vanderley Mathias, mais conhecido como Vavá, é o síndico do Arouche Towers, em São Paulo, e dono de uma companhia de turismo chamada VavaTur. Após a morte do Brigadeiro Salão, sua irmã, Cassandra, passou a viver no apartamento de Vavá, junto com Caco Antibes e sua esposa, Magda. Vavá, de início, não aceitou a idéia de hospedar sua família , já que ele os considera como "um bando de loucos irresponsáveis", e faz de tudo para transformar a vida de seus hóspedes indesejáveis em um inferno. Porém, quem passa a viver um inferno é Vavá, já que ele é o único que trabalha para sustentar a casa e seus hóspedes, incluindo sua irmã, são "especialistas em vagabundagem, folgadice e despesas".
  • Caco Antibes (Miguel Falabella) — Antes um membro da rica sociedade em São Paulo, Caco Antibes foi vítima de uma auditoria da Receita Federal que descobriu um número ilimitado de maracutaias e falcatruas, algumas delas envolvendo políticos influentes. Com isso, Caco e sua esposa, Magda, foram despejados de sua mansão junto com a sogra, Cassandra Mathias Salão, e foram morar no apartamento de Vanderley Mathias, conhecido como Vavá, irmão de Cassandra.
  • Magda (Marisa Orth) — Magda Antibes é um perfeito exemplo de analfabetismo adulto: Sempre errou nos ditados e nomes, age de uma forma infantil e entojada e é um aborrecimento na cabeça de seu marido, Caco Antibes. Sendo a filha de Cassandra Mathias, ela foi viver no apartamento de seu tio, Vanderley Mathias, mais conhecido como Vavá, depois que foi despejada junto com a mãe e o marido por uma auditoria da Receita Federal. Nos primeiros episódios, o Brigadeiro Salão, o marido falecido de Cassandra e pai de Magda, se chamava Sayão. Mas em um dos primeiros programas, como uma das "pérolas" de Magda, ela chamou o pai de "Salão", e, no final, Sayão virou Salão pelos outros cinco anos da série.
  • Edileuza (Cláudia Jimenez) — A empregada do apartamento de Vavá. Além de criada da casa, é grande amiga, confidente e escudeira do patrão. É praticamente a única pessoa em quem ele tem certeza que pode confiar no apartamento. Depois que os parentes indesejáveis passam a ocupar o domicílio, Edileuza vira uma vítima frequente das implicâncias de Cassandra, que se considera tão patroa dela quanto Vavá. Edileuza costuma não obedecer ordens que venham de Cassandra, dizendo alguma coisa indelicada. Por isso, Cassandra a chama constantemente de "insolente".
  • Ribamar (Tom Cavalcante) — O porteiro do prédio. Um cara bonachão, que tem um comportamento e trejeitos esquisitos. A razão: ele sofreu um grave acidente enquanto andava de bicicleta, ficando mais de uma semana em coma, até que um médico alemão colocou uma placa de platina na cabeça dele. Mas a placa é energizada, e capta ondas de rádio, televisão e telefone, o que leva Ribamar a personificar vozes de locutores, de atores, de propagandas e coisas assim. Uma das coisas que Ribamar também faz é cortejar Edileuza de várias maneiras, pois ele tem estima e atração por ela. Cassandra costuma chama-lo de "anormal". Foi contratado por Cassandra para ser o faz-tudo deles.
  • Lucinete (Ilana Kaplan) — Empregada do apartamento de Vavá a partir da segunda temporada. Participou de apenas quatro episódios do programa.
  • Neide Aparecida (Márcia Cabrita) — Empregada do apartamento de Vavá a partir da segunda temporada. Era namorada de Ribamar. Deixou o programa na quarta temporada.
  • Pereira (Ary Fontoura) — Dono do restaurante Arouche's Place. Casou-se com Cassandra. Aparece apenas na quinta temporada.
  • Ataíde (Luiz Carlos Tourinho) — Puxa-saco de Pereira na quinta temporada e porteiro do prédio a partir da sexta temporada. Ficou rico por uma herança de sua vó. Entrou no programa para ocupar o espaço deixado pela saída de Ribamar.
  • Caco Jr. (Lucas Hornos) — Filho de Caco e Magda. Participou apenas da quarta e da quinta temporada.

Ao longo dos seis anos da série, várias foram as participações especiais, além do elenco fixo da Globo: Dercy Gonçalves, Milton Nascimento, Rogéria, Elba Ramalho, Adriane Galisteu e Rita Lee, entre muitos outros.

[editar] Lista de episódios

Temporada Nº de episódios Estréia Final Ano
1
38
31 de março 29 de dezembro 1996
2
40
30 de março 28 de dezembro 1997
3
40
29 de março 27 de dezembro 1998
4
40
28 de março 26 de dezembro 1999
5
39
2 de abril 31 de dezembro 2000
6
30
1 de abril 21 de outubro 2001
7
14
23 de dezembro 31 de março 2001 - 2002

Reapresentação

De 1997 a 1999, foram reapresentados os melhores episódios da temporada anterior durante os primeiros meses do ano, servindo de "aquecimento" para a temporada começada em abril. Em 2000, a Globo preferiu fazer um "balanço" dos quatro anos anteriores, reapresentando episódios dos anos anteriores, sem compromisso com ordem cronológica e sucesso dos episódios, ao contrário das anteriores. Em 2001, não houve reprise dos episódios, devido ao reality-show No Limite 2, que ocupou o horário. E os últimos episódios, de 2002, foram ao ar de janeiro a março, só que inéditos - houve uma interrupção de setembro a dezembro de 2001 devido à outra edição de No Limite.

Nas madrugada de 25 para 26 de janeiro de 2004, foi reapresentado o primeiro episódio, "A Festa de Babete", dentro das festividades dos 450 anos de São Paulo. Mesmo indo ao ar tão tarde, curiosamente o áudio dos palavrões pronunciados pelos personagens foi apagado.

A partir de janeiro de 2005, o canal pago Multishow reprisou os primeiros 17 episódios do humorístico, em comemoração aos 40 anos da Rede Globo.

Os demais episódios do primeiro ano, do 18º ao 26º, só foram reapresentados uma única vez, em fevereiro e março de 2006 - quando o "Sai de Baixo" foi retirado da grade do Multishow.

De acordo com pesquisa divulgada pela imprensa em 2005, só o Sai de Baixo agradou à maior parte do público quando foi reapresentado em comemoração aos 40 anos da Rede Globo. Como resultado, o Sai de Baixo continuou a ser reapresentado, ao contrário da TV Pirata e da Armação Ilimitada, que também foram reprisados no canal, mesmo depois do final das comemorações de aniversário.

Na madrugada dos dias 25 de janeiro e 26 de janeiro de 2004,em comemoração aos 450 anos de São Paulo,foi reprisado o 1º episódio do programa A Festa de Babete.

A partir de 18 de maio, passou a ser reprisado pelo canal Viva, da Globosat.

Referências